Aurélio Agostinho (Santo Agostinho) foi um grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de
Conhecemos muito de Agostinho, primeiramente, através de seus próprios escritos, dos quais se destaca o livro “As Confissões”, obra de grande valor autobiográfico, filosófico, teológico, literário, místico e espiritual, na qual ele narra sua própria história de vida..
Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se um renomado professor em Milão. Agostinho sentia, apesar de tudo, seu coração vazio, inquieto. Não era feliz. Procurou a felicidade em muitos lugares, mas não a encontrava. Seu coração inquieto não achava a verdade e a paz que desejava. Sua mãe foi ao seu encontro em Milão e, com sua profunda vida de oração, animou-o a frequentar as pregações do bispo Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Tolle et lege” (Toma e lê), e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus: ”…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio.
Sobre a sua conversão escreve em suas confissões:
"Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio." Santo Agostinho, Confissões 10, 27.
Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade e, junto com seus amigos, vendeu seus bens e iniciou um novo estilo de vida, consagrando-se como "servos de Deus". Escreveu a Regra, inspirada na primitiva comunidade cristã de Jerusalém: "Antes de tudo, vivei unânimes em casa e tende uma só alma e um só coração orientados para Deus" (Regra I, 2)
Quatro anos depois de ser aclamado sacerdote (395) foi sagrado Bispo da cidade de Hipona, daí o nome com o qual é conhecido: Agostinho de Hipona. Deixando o mosteiro, que se converteu em um centro de formação que formou muitos sacerdotes e bispos para toda a África, foi viver na casa episcopal, fundando ali um mosteiro para os clérigos de Hipona. Se dedicou ao estudo das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja.
Entre as funções que o bispo exercia estava a de administrar os bens da Igreja e repartir o seu benefício entre os pobres, também a de acolher os peregrinos, ser protetor dos órfãos e viúvas. Agostinho realiza todas elas como um serviço aos pobres e à Igreja. O bispo também exercia a função de juiz, tarefa que exerceu com objetividade, justiça e caridade. Também se ocupava da pregação aos sábados e domingos e durante a semana de atender ao povo em suas demandas. Cuidava da formação do clero, organizava os mosteiros masculinos e femininos, para os quais escreveu a Regra de Vida, administrava os bens eclesiásticos e visitava os enfermos.